Biografia - Alaor Ribeiro

Dr. Alaor Ribeiro

 (Cadeira de nº34, do IHG da Campanha)

Patrono: Dr. André Martins de Andrade.

Alaor Ribeiro, nascido em 26 de outubro de 1930, na cidade da Campanha, MG, filho de Ary Ribeiro e Amélia Pereira, foi militar de carreira, advogado de renome, escritor e historiador perspicaz, além de brilhante desportista, tendo sido um dos grandes destaques do futebol da Campanha, na década de 50, com participação brilhante em todas as equipes em que jogou, tanto em sua cidade quanto em muitas outras pelas quais passou.


Alaor foi criado por seu pai e madrasta, e pela avó Cândida Carolina Ribeiro, com irrestrita ajuda de seus tios Nilton e Elza Serrano Ribeiro. No âmbito escolar, cursou o básico no GEZO, Grupo Escolar Zoroastro de Oliveira; posteriormente, nos idos de 1945 a 1948, Alaor, irrequieto desde a infância, e de rara inteligência, sempre se misturava aos adultos e  levava a sério seus estudos, no Ginásio Diocesano, já administrado pelos Irmãos canadenses da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, não se descuidando, nunca, e se classificando sempre entre os primeiros alunos da turma; citam-se entre seus colegas, contemporâneos do ginásio e alguns colegas de sala: Márcio Nogueira, Ronaldo Fleming Resende, Geraldo Fleming, José César Villamarim, Aírton Costa Paiva, os irmãos Serrano, Francisco, José e Geraldo, Vicente e Nelson Sério Lemes, Jair de Oliveira (Monsenhor Paulo), entre outros. Seus professores, que lhe traziam mais lembranças: Ernane Santar Paes, Dr. Nilton Val Ribeiro, Prof. Azevedo, Prof. Francisco Mariano e Professora Dora Ayres.

Cursou e concluiu, então, o curso ginasial no Ginásio Diocesano São João, em dezembro de1948, paraninfado pelo Dr. Zoroastro de Oliveira Filho, então Prefeito Municipal.

            Com o diploma na mão, soltando-se das amarras da família, deixou a sua querida Campanha na busca de seus sonhados ideais. Engajou-se na Polícia Militar na cidade de Lavras, em 1949, certo que ali estava o seu caminho à independência e realização. Nessa época de incertezas, destacamos algumas palavras suas tiradas no seu premiado conto: “O Poço dos Inconfidentes”: “Lá fui eu, um dia, apenas com um diploma ginasial na mão, procurar a realização. A luta não foi fácil! Depois de muito esforço, trabalho, e outros estudos, consegui ser alguma coisa. Se não era o que eu queria pelo menos a minha sobrevivência estava assegurada. Tomara a decisão imutável de somente voltar quando tivesse alguma coisa para dela me orgulhar”.

A partir dessa conquista, Alaor se dirigiu à Capital do Estado, Belo Horizonte, e lá iniciou a sua brilhante carreira militar, com longos anos de trabalho, e inúmeras promoções, na Polícia Militar e na Secretaria de Segurança Pública do Estado, sem jamais se descuidar de sua evolução cultural, social e, porque não, físico-esportiva. Afundava-se nos livros e na leitura clássica e filosófica, para seu aprimoramento intelectual e nos estudos das leis, visando a se tornar um advogado, o que, no futuro, lhe garantiria montar um Grupo Advocatício respeitável. E, além de todo esse esforço, no lazer ele era aplicado e jogador de futebol, vindo a se destacar como atleta do América Futebol Clube, de Belo Horizonte.

Morando na capital e trabalhando na Polícia Militar, Alaor casou-se em 1ªs núpcias, com Sílvia Ferreira dos Santos Ribeiro, de Belo Horizonte, com quem teve os filhos: Ary, Aloísio, Ulisses, Alaor Ribeiro Filho e Maria Sílvia Ribeiro. Separou-se de Silvia por volta de 1974, e tendo-se mudado para Uberaba, casou-se, em 2ªs núpcias com Alba Valladares de Vasconcelos Ribeiro, com quem teve os filhos Aluízio César Valadares Ribeiro, Carlos Valadares Ribeiro e, também, as meninas Heloisa Helena e Renata Valadares Ribeiro.

ALAOR faleceu na cidade de Uberaba, MG, em 17 de janeiro de 2007, vitimado por parada cardiorrespiratória e distúrbios metabólicos.

 

Alaor, o Militar

Como militar, iniciado na Polícia Militar de Lavras, em 1949, galgou postos em sua carreira vitoriosa, ascendendo ao cargo de Coronel, no 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte, função em que se reformou em 1979. Na década de 1950, pertenceu à guarda pessoal do então governador de Minas, Juscelino Kubistchek. Como bacharel, advogado e militar, prerrogativas que o credenciavam aos trabalhos de segurança pública, prestou concurso para Delegado, tendo sido aprovado e indicado para a Delegacia de Polícia da cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde prestou serviços por mais de duas décadas.

Alaor, o Advogado

Como advogado, após sua Reforma na Polícia Militar, em 1979, teve carreira brilhante; mantinha em Uberaba seu escritório AVR – Advocacia Valladares Ribeiro, juntamente com sua esposa Alba Valladares, também advogada. Além de causas cíveis e criminais, se especializou em administração pública e teve participação ativa na área de consultoria pública, prestando relevantes serviços jurídicos às prefeituras, e Câmaras de Vereadores, de Uberaba, principalmente, e de cidades vizinhas, entre elas: Prata, Frutal, Campo Florido, Iturama e Pirajuba. Grande estudioso das Leis e aplicando todo seu conhecimento na Administração Pública, deixou um vasto legado à Prefeitura e Câmara de Uberaba, destacando-se “A Lei Orgânica do Município da Uberaba, Comentada”, adequando-a às exigências da grande cidade do Triângulo.

Também Campanha, sua terra natal, se beneficiou de seus conhecimentos em administração pública, quando, prestando importante consultoria à nossa Prefeitura e à Câmara da nossa cidade, na década de 90, deixou uma obra de vulto, “A Lei Orgânica do Município da Campanha, Comentada”, de enorme significado político, social e cultural para nosso Município.

Há um ponto bastante importante a ser ressaltado na carreira deste advogado campanhense, de coração aberto ao sofrimento dos humildes: ele era o “advogado dos desprovidos e injustiçados”, isto posto pelo tamanho do seu coração e a devida importância que dava ao direito ao contraditório e à ampla defesa, inclusive advogando junto às fileiras da PMMG, mesmo já aposentado. Para estes desinformados e sem recursos, fazia um trabalho filantrópico fantástico, solidário e gratuito.

 

Alaor, o Literato

ALAOR RIBEIRO estudioso das leis, da história, das religiões e das civilizações antigas, ostentava, também, em seu vasto currículo, cursos de História, Sociologia, Antropologia, além de Administração Pública.

No seu vasto currículo literário, constam inúmeros livros, centenas de crônicas, e inúmeros contos, muitos destes premiados em concursos literários de Minas e do Brasil.

Destacamos alguns, à guisa de referência:

Araguari, MG., Academia de Letras e Artes. Trabalho apresentado: “Era maçom o Aleijadinho?” - Primeiro lugar – 1981;

Araguari, MG, Academia de Letras e Artes. Trabalho apresentado: “Desbravador do Sertão da Farinha Podre - Domingos Rodrigues do Prado” - Segundo lugar – 1984;

Bragança Paulista, SP, Associação dos Escritores. Trabalho apresentado: miniconto, “O Poço do Alferes” - Primeiro lugar – 1992;

Grande Oriente Maçônico de Minas Gerais - Belo Horizonte - Cinquentenário do Trabalho: “As cores negras do arco-íris, Padre Belchior Pinheiro de Oliveira” - Primeiro lugar - 1995.

Alaor desenvolveu como articulista do JM-Jornal da Manhã, de Uberaba, centenas de crônicas, ao longo de mais de 20 anos naquele jornal diário, crônicas que versavam sobre assuntos vários, mas, principalmente, sobre a história, política e bons costumes;

Era filiado à Academia Uberabense de Letras de Uberaba, mas não ocupava uma das cadeiras, por razões de votação e questões regulamentares, mas era participante ativo;

Também era filiado da Maçonaria em Uberaba, onde era Mestre Maçom da Augusta e Respeitável Loja Maçônica 20 de Agosto Uberabense, ocupando ativamente o posto de Orador. Também ocupou cargos na Maçonaria junto aos Corpos Filosóficos chegando ao grau 18° do Rito Escocês Antigo e Aceito. Na Maçonaria expandiu seu conhecimento em filosofia e história, tendo inúmeros trabalhos de relevância sobre grandes personagens de nossa História.

Em Campanha, também, membro do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha; ocupante da cadeira de nº 34, cujo predecessor foi o Dr. Martins de Andrade, foi escritor, tendo publicado crônicas e artigos em revistas e jornais. Para Campanha deixou, também, um belo estudo biográfico sobre o Padre Vítor: “Os Saraus de Padre Vitor”.

Em muitos de seus trabalhos literários, principalmente aqueles inscritos em  Concursos Literários, que pedia o anonimato do autor, adotava o pseudônimo de “Mineira Thriste”.

Alaor Ribeiro, o Desportista

Como desportista Alaor Ribeiro foi um dos grandes destaques do futebol da Campanha, principalmente nos anos 50, com uma participação brilhante em todas as equipes em que jogou, tanto em sua cidade quanto em muitas outras pelas quais passou; desfilou sua técnica e sua garra por grandes clubes de Minas Gerais. Foi, na década de 50, um grande destaque do América F. C., de Belo Horizonte, clube que defendeu com grande brilhantismo.

            Aos 15 anos, ainda garoto, quando estudava no Ginásio São João, já mostrava seus pendores futebolísticos e despontava como uma grande promessa. Seu pai, Ary, foi um grande goleiro do S. C. São Pedro, nos anos 29, 30 e 31, como o fora seu tio Synval, em 37 e 38, no formidável time do Comercial. Alaor, sem dúvida, tinha por quem puxar e daria sequência na projeção do nome dos Ribeiro no cenário esportivo campanhense e mineiro.

            Às tardes, no campo do Ginásio, o Sargento João Eugênio Machado (Instrutor de Educação Física) comandava os meninos e rapazes na prática dos esportes, em especial o futebol. Dentre os garotos, despontavam Alaor, Zé Picolé, Fernando Maciel, Artur Beltrão e Guido. Quando meninos, Alaor e Zé Picolé, já eram destaques nos campinhos de várzea, por eles frequentados, esparramados pela cidade: Largo da Santa Casa, Cata do Jaime Fonseca, Várzea do Cid Ribeiro e Várzea do Campo do Comercial.

Alaor, no Ginásio, começou a jogar nos campeonatos internos, despontando com um futebol arte, com muita garra e determinação. Jogou em 1947 no Clube Atlético Campanhense.

Em 1948, transferiu-se para Lavras, ingressando na Polícia Militar, onde fez carreira. A partir de Lavras, onde defendeu o Fabril F. C., seu primeiro Clube fora de Campanha, Alaor jogou em muitos clubes de Minas Gerais, nas diversas cidades por onde passou, com destaque para sua participação como profissional no glorioso América F. C., de Belo Horizonte, onde teve uma passagem memorável, sagrando-se Campeão Mineiro, em 1957. Lembramos aqui, tratar-se do mesmo Clube defendido com brilhantismo pelo saudoso e extraordinário goleiro Dr. Nelson Dias Ayres, pelos idos de 20.


ALAOR veio a se sagrar Campeão Mineiro por aquela agremiação em 1957. Ele foi um dos poucos jogadores campanhenses a figurar no cenário esportivo mineiro como atleta profissional. Jogou, ainda em sua juventude, em Campanha, em 1947 no Clube Atlético Campanhense e, em 1953, no Palmeiras F. C. Em 1949, transferiu-se para Lavras, ingressando na Polícia Militar, onde fez carreira. A partir de Lavras, onde defendeu o Fabril F. C., seu primeiro Clube fora de Campanha, Alaor jogou em diversos clubes de Minas Gerais, nas cidades por onde passou, com destaque, como já citado, para sua participação no América Mineiro.


Entre os clubes em que ele jogou, alguns deles com participações eventuais e pontuais, podemos, ainda, destacar a Associação Esportiva de Paraguaçu (em sua juventude); Camanducaia F. C.; Associação Esportiva de Bom Despacho, Independente, de Abaeté, Pompeano, de Pompéu, Canápolis A. C., Dorense, de Dores do Indaiá; o Sete de Setembro, o Santa Teresa e Barreiro, em Belo Horizonte; Independente e Nacional, em Uberaba; e Fluminense de Araguari, entre outros.

Jogador determinado, aguerrido, excelente marcador, atuando sempre na defesa, ou como volante, dono de um preparo físico invejável, Alaor sempre foi um baluarte das equipes em que atuou.

            “Alaor foi um dos poucos jogadores campanhenses, se não o primeiro, a figurar no cenário esportivo mineiro como atleta profissional

.

ALAOR, o Campanhense

ALAOR RIBEIRO foi, sem dúvida, um dos grandes nomes da Campanha, mas, sobretudo, um homem de destaque no cenário mineiro; um homem que sempre engrandeceu o nome da Campanha por onde quer que tenha passado, principalmente por aquelas cidades em que mais tempo residiu, Lavras, Belo Horizonte e Uberaba.

Como adendo biográfico, permito-me recorrer a algumas de suas próprias palavras que encerram o seu livro sobre a Lei Orgânica do Município da Campanha Comentada, no tópico final, À Guisa de Epílogo, em que, após inúmeras considerações sobre as grandes mudanças que ocorreram em nossa cidade, nas últimas décadas, ele encerra com uma declaração inequívoca do amor que sempre teve pela nossa Cidade:

Esta é a Campanha que eu amo e sempre amarei. Altaneira, poderosa, alheia aos conflitos sociais. Ela dá à nossa vida um sentido maior. Não se envergonha da caridade, mas não se vangloria por ela. Socorre a quem precisa e encontra a felicidade para os que procuram. Na metáfora de auxiliar o necessitado é ela que cresce aos olhos de Deus. Busca nas estrelas reluzentes o brilho divinal que seu amor nos pode dar. Vive feliz porque auxilia pelo prazer de ajudar. Alguns pensam que ela se desfaz nas mãos dos maus instrutores. Enganam-se, pois ela é mais forte que os enganadores. Outros a tratam desumanamente, mas quem doa não apanha. Sua cultura é inalienável”.

“Feliz de quem faz a travessia nesta terra abençoada, porque seus padroeiros continuam de plantão”.

E concluímos: ALAOR RIBEIRO aqui fez sua travessia, foi feliz e sempre se orgulhou de aqui ter nascido e vivido grande parte de sua vida. Deixou marcas indeléveis, fez amigos e fez história. Campanha, com toda certeza pode se orgulhar desse seu filho.

 

Algumas Homenagens:


1. Jornal da Manhã, de Uberaba, MG, edição de 18 de janeiro de 2007, através da Colunista/Articulista Lídia Prata: 

Adeus, amigo Alaor! 

“A quarta-feira foi de grande tristeza para toda a equipe do Jornal da Manhã. Logo após o almoço chegou a notícia do falecimento do nosso querido amigo e colaborador, advogado Alaor Ribeiro. Por muitos anos ele enriqueceu as páginas desse matutino com suas crônicas bem escritas, muitas delas fruto de pesquisas que lhe consumiam horas de trabalho. Era um homem de ideias próprias, pulso firme, corajoso em suas atitudes. Mas igualmente generoso, dotado de um coração enorme, capaz de abraçar as causas mais difíceis, com o desprendimento e a dedicação de quem sabe onde quer chegar. Mesmo que não conseguisse lucro pessoal algum. Isso não lhe interessava. Dr. Alaor nunca foi materialista. Era, sim, um idealista. Advogado respeitado, combativo, ético Dr. Alaor não se furtava em ajudar os pobres e os aflitos. Lutava por eles. Aliás, foi um valente guerreiro até o fim, na sua luta contra a doença que o consumiu e da qual jamais se queixou. Esse era Dr. Alaor (...). Da convivência com ele tantos anos nasceu uma grande admiração de toda nossa equipe por esse ser humano sensacional. E ele correspondia, tratando a todos como se fossem de sua família. Ontem perdemos um grande amigo. Mas foi Uberaba quem perdeu mais, porque perdeu um de seus mais admiráveis filhos”. 

Colunista Lídia Prata, 

(Jornal da Manhã, de Uberaba/MG, seção Alternativa, em 18 de janeiro de 2007).

2.                  Jornal Folha Campanhense, de Campanha, MG, na edição de fevereiro de 2007, através do Articulista Gerson Serrano Ribeiro:



Alaor Ribeiro 

Campanha se viu abalada no dia 17/01/2007 com a notícia do falecimento de um de seus ilustres filhos: Alaor Ribeiro. 

Alaor, falecido aos 76 anos, em Uberaba, vitimado por parada cardíaca, devido a insuficiência respiratória, diabetes e distúrbios metabólicos, foi sem dúvida um grande campanhense, mas, sobretudo, foi um homem de destaque no cenário mineiro; um homem que sempre engrandeceu o nome da Campanha por onde quer que tenha passado, principalmente por aquelas cidades em que mais tempo residiu: Lavras, Belo Horizonte e Uberaba. Destacou-se em tudo que abraçou: militar de carreira (tenente-coronel), advogado de renome, escritor e historiador perspicaz (membro do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha), consultor político, além de brilhante desportista - um dos grandes destaques do futebol da Campanha, na década de 50. Com sua alegria e bom humor contagiantes fez inúmeros amigos por todos os cantos. Em Campanha tinha um grande ciclo de amizade, desde sua infância, adolescência e no convívio futebolístico; a esses ele citava como “abnegados companheiros”. Todos esses companheiros, e com orgulho nos incluímos entre eles, choraram a sua perda. E como seus amigos, nos permitimos recorrer a algumas de suas próprias palavras que encerram o seu livro sobre a Lei Orgânica do Município da Campanha Comentada, no tópico final, em que ele deixou uma declaração inequívoca de seu amor pela nossa Cidade: “Esta é a Campanha que eu amo e sempre amarei. Altaneira, poderosa, alheia aos conflitos sociais. Ela dá à nossa vida um sentido maior. Não se envergonha da caridade, mas não se vangloria por ela. Socorre a quem precisa e encontra a felicidade para os que procuram. Na metáfora de auxiliar o necessitado é ela que cresce aos olhos de Deus. Busca nas estrelas reluzentes o brilho divinal que seu amor nos pode dar. Vive feliz porque auxilia pelo prazer de ajudar. Alguns pensam que ela se desfaz nas mãos dos maus instrutores. Enganam-se, pois ela é mais forte que os enganadores. Outros a tratam desumanamente, mas quem doa não apanha. Sua cultura é inalienável” “Feliz de quem faz a travessia nesta terra abençoada, porque seus padroeiros continuam de plantão”. 

E afirmamos: Alaor aqui fez sua travessia, foi feliz e sempre se orgulhou de aqui ter nascido e vivido grande parte de sua vida. Deixou marcas indeléveis, fez amigos e fez história. Campanha, com toda certeza pode se orgulhar desse seu filho. E, hoje, embora chorando a sua perda, somos conscientes que o bom Deus o levou para si. 

Descanse em paz querido Alaor, companheiro de caminhada, amigo do peito, primo presente em todas as nossas dificuldades, homem desprendido e caridoso! Jamais o esqueceremos! E em nossas preces sempre estaremos com você. 

Saudades! 

Aos seus familiares e filhos, nosso conforto e nossos sentidos pêsames! 

(Gerson Serrano Ribeiro, em nome das Famílias Serrano, Ribeiro, Lorieri, de seus primos e amigos campanhenses). 

Campanha, janeiro de 2007.

3.                   Jornal Folha Campanhense, de Campanha, MG, na edição de fevereiro de 2007, através da Articulista Angélica Andrés:


Morre um grande campanhense 

Faleceu em 17 de janeiro de 2007, na cidade de Uberaba/MG, com 76 anos, o Tem. Coronel Alaor Ribeiro, oficial reformado da Polícia Militar Mineira. 

Filho de Ary Ribeiro, antigo funcionários dos Correios e Telégrafos e da costureira Amélia Pereira, aqui nasceu e fez seus estudos primário e secundário no Grupo Escolar Zoroastro de Oliveira e no Ginásio São João, respectivamente. 

Desde criança demonstrou forte tendência para o futebol. Acabou sendo um dos grandes destaques campanhenses nesse esporte, chegando a figurar no cenário esportivo mineiro como atleta profissional. Jogador determinado, excelente marcador e dono de um preparo físico invejável, Alaor sempre teve participação marcante em todas as equipes que integrou nas décadas de 40, 50 e 60, quer como jogador ou como dirigente. 

Renomado jurista, com especialidade em vários ramos do Direito e cursos nas áreas de História, Sociologia, Psicologia, Antropologia e Administração Pública, teve destacada atuação na política, no magistério, no jornalismo, sendo também numerosas suas incursões literárias e históricas. 

AAndrés. 

4. Jornal Folha Campanhense, de Campanha, MG, na edição de fevereiro de 2007, através do Colunista e Cronista Esportivo Lázaro Tenório: 

Homenagem de Giro Esportivo a Alaor Ribeiro 

Aos 76 anos de idade, vítima de complicações múltiplas, faleceu dia 17/01/2007 em Uberaba, onde residia e onde foi sepultado, o conhecido desportista campanhense Alaor Ribeiro. No ex-Colégio São João de Campanha, Alaor fez os seus estudos, onde, também, deu seus primeiros passos no futebol. Na década de 50, Alaor surpreendeu o Sul de Minas com sua exuberante “performance” no futebol, defendendo as cores do Palmeiras Futebol Clube, tão bem administrado por outro famoso desportista campanhense, o médico, Dr. Nelson Dias Ayres. 

Após esse período, Alaor deixou a sua cidade natal, rumando-se para Lavras atendendo a vários convites dos dirigentes esportistas daquela cidade. De Lavras, partiu para Belo Horizonte, onde ingressou nas fileiras do América Mineiro, em atenção ao seu excelente desempenho no futebol. Na capital mineira, Alaor ingressou na Polícia Militar Mineira, tendo atingido a patente de Tenente-Coronel. 

Em continuação aos seus estudos, formou-se em direito, já com residência em Uberaba, onde continuou a prestar a sua criatividade nos esportes, assim como assistência na função de bacharel em direito. 

Naquela cidade do Triângulo Mineiro, veio a falecer, após longo período de exaustivas sessões de hemodiálise. 

Lázaro Tenório 



5. Câmara Municipal da Campanha - Homenagem a Alaor Ribeiro 

Faleceu em Uberaba-MG, no dia 17/01/2007, aos 76 anos, vitimado por parada cardíaca, devido a insuficiência respiratória, diabetes e distúrbios metabólicos, o campanhense Alaor Ribeiro. A Câmara Municipal vem aqui, por dever de cidadania, prestar homenagem a este destacado campanhense, que brilhou no cenário mineiro, sempre engrandecendo o nome da Campanha. 

Militar de carreira, tendo reformado como tenente-coronel, advogado de renome e de grande prestígio em Uberaba, escritor e historiador, membro do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha, consultor político, além de brilhante desportista - um dos grandes destaques do futebol da Campanha, na década de 50. 

Como consultor jurídico, na área da política administrativa, atuou com competência e dinamismo na Prefeitura de Uberaba, e prestou à Prefeitura e Câmara Municipal da Campanha, com desvelado espírito de colaboração, um trabalho de altíssimo valor, ao editar o livro A Lei Orgânica do Município da Campanha Comentada. Excelente trabalho deixado aos nossos representantes, do executivo e do legislativo; simples, prático, sintético, objetivo, e, também, bastante útil aos demais administradores, servidores municipais e outros que lidam com assuntos da administração pública. 

Alaor, como futebolista, vestiu camisas de diversos clubes de Minas Gerais, como profissional ou amador, e foi destaque como atleta profissional do América de Belo Horizonte, tendo, também com brilhantismo, se sagrado Campeão Mineiro por aquela agremiação, em 1957. Alaor foi um dos poucos jogadores campanhenses a figurar no cenário esportivo mineiro como atleta profissional. 

Grande companheiro, homem desprendido e caridoso, deixou com certeza inúmeros amigos que choram sua perda. 

Aos seus familiares e filhos, nosso conforto e nossos sentidos pêsames! 

(Preparado por Gerson Serrano Ribeiro para o Jornal da Câmara, em 30/01/2007) 

6. O Município da Campanha, MG, através de seu Executivo e Legislativo, aprovou a perpetuação de seu nome em nossa geografia municipal, nominando um dos logradouros de nossa cidade como “Rua Dr. Alaor Ribeiro”, no Residencial Vila Verde, atendendo ao Projeto de Lei do Vereador Guilherme Serrano, promulgando a Lei 2730/2009, em reconhecimento por seus relevantes serviços em prol de nossa cidade da Campanha, mesmo quando residindo fora de nosso Município. 



Algumas fotos de nosso homenageado

Alaor com 6 anos, cacheado (à esquerda), misturado aos tios Nilton (ao centro, de branco) e Sinval, à direita, ao alto.

Alaor à frente de sua tia Renny (Acervo Fam. Serrano Ribeiro)



Fotos de 1955: Acervo Família Serrano Ribeiro 

Evento: Um campanhense, Alaor Ribeiro, na Guarda de Honra do Governador JK quando ele deixava o Governo de Minas para se candidatar a Presidente da República. (Essa é a informação que eu tive para as fotos, mas o momento não parece ser de despedida, mas sim algum evento cívico ou militar – parece que eles se encontram em um Ginásio). 
Na foto 1, ele é o do meio, na escadaria, em continência ao, então, Governador Juscelino Kubistchek. Na foto 2, Alaor Ribeiro é o terceiro, da direita para a esquerda.

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